GERAL
O bem comum!

Foto Divulgação
Começamos mais uma semana com muitas turbulências no cenário político e econômico, onde as redes sociais protagonizam uma guerra de narrativas.
As disputas, lucros e prejuízos econômicos fazem parte do dia a dia de quem faz negócios e depende de lucros para sobreviver no mundo capitalista. Entretanto, é na união do povo com quem governa, ambos focados no bem comum saberem se comunicar.
Ao invés da guerra, é necessário saber ter envolvimento e preparo para absorver os problemas, identificar a causa e administrar a solução.
A transparência é uma ferramenta de divulgação. Quando bem usada é produtiva e serve para apresentar problemas que são de todos e , principalmente prestar contas das conquistas e resultados.
Não estou defendendo que esconda as falhas. Pelo contrário, na transparência se terão as informações necessárias para apontá-las. A responsabilidade nossa como cidadãos é saber lidar com os dados. Assim, quem aponta as falhas deve também estar disposto a ajudar solucionar.
Tanto a iniciativa privada como o público tem regulação legal e os órgãos específicos que detém propriedade e preparo para apontam as correções necessárias, obrigam corrigir e penalizam quando cabível.
O grande desafio em tempos de mídias sociais tomadas de “especialistas” é justamente saber distinguir opinião e julgamento.
Pela falta dessa distinção a guerra das narrativas tem tomado proporções assustadoras e causam instabilidade justamente por exposições desnecessárias e acabam prejudicando o bem comum, ou seja, a boa convivência entre os cidadãos.
Uma sociedade por sua natureza tem pluralidade de ideias, contudo, devidamente respeitada a liberdades de expressão, na vulnerabilidade alheia devemos manter os limites legais pela responsabilidade que todos temos com a boa convivência regida em lei.
A boa vizinhança deve sobrepor a briga pela razão.
Ao detectar-se um problema, o comentário é livre, no entanto, a busca pelos culpados deve ser perseguida até última análise das causas. Só após a conclusão, mostrar o culpado pode ser parte da solução. Isso chama-se no mundo jurídico de devido processo legal.
A análise precoce e sem profundidade pode nos expor a errar e participar de um problema que não é nosso.
Conhecedores que somos do contexto que tudo gira em torno da informação, tenhamos preparo e cautela com as opiniões públicas lançadas em redes sociais. Os reflexos podem ser um problema maior a ser administrado do que aquilo pelo qual estamos lutando, o bem comum.
A desunião de um povo geralmente causa prejuízos a todos. Evitemos disputa onde todos perdem.
A visão de sociedade civilizada que pensa no futuro deve diminuir cada vez mais a polarização que nos pune. Ter posição não é viver armado com inimigos permanentes. Há momentos de discutir e devem também haver momentos de construir.
Há uma máxima que diz: “se conselho fosse bom, não era entregue de graça.”
Mas divido minha experiência. Eu já me precipitei em muitos julgamentos, não falo aqui de opinião, mas de apresentar um julgamento de culpado ou inocente antes de conhecer com maior profundidade sobre os fatos. Os frutos disso, confesso, foram decepção e arrependimento.
Mas e daí, como colher o travesseiro de penas espalhadas do alto da montanha?
O ódio que nos faz difamar, dividir, transferir a culpa dificilmente ajudará na construção.
Enquanto a internet é alimentada e se destaca como palco de discussões irresponsáveis, as salas de diplomacia e negociação estão cada vez mais esvaziadas. É importante lembrar que milhares de pessoas dependem do diálogo responsável que deveria haver entre poucas pessoas. Está latente isso no cenário nacional, onde se criou uma disputa tão grande, um abismo entre “eles e nós” que vai refletir no povo. Povo que trabalha e paga seus impostos e cada vez mais está sendo prejudicado pelas constantes brigas ideológicas.
No meu ver, o que está acontecendo é briga por poder e manipulação da opinião pública para fins de bajulação ou para denegrir adversário ideológico.
Enfim, cuidemos para não estarmos expostos a interesses difusos daqueles que tentam se perpetrar como influenciadores ou salvadores depois de venderem o pânico. Aplicam a desinformação e a sanção, com desculpa de provocado ou reacionário.
A reflexão serve pra mim também que escrevo. Cuidar para não contribuirmos prejudicando a solução com a especulação ou com a conclusão precipitada motivada em culpar alguém ou algo. A culpa é minha, eu coloco em quem eu quiser. O problema é dele, ele que resolva.
Seria essa a postura de quem quer o bem comum e diz acreditar e lutar por uma sociedade melhor?
Data: 26/07/2025 - 09:40
Colunista: César MachadoFonte: César Machado