GERAL
Sindicatos de Carazinho divulgam plebiscito popular que ocorre até 7 de setembro
Foto Divulgação/Leonardo Costa
A Intersindical de Carazinho está em campanha com o plebiscito popular sobre a redução da jornada de trabalho e o sistema tributário brasileiro. A entidade na cidade reúne sindicatos dos Bancários, dos Metalúrgicos, da Alimentação, da Construção Civil, além de Sindiágua, Sindimáquinas e CPERS. Nesta semana, representantes destas categorias falaram sobre o assunto no programa Correspondente Diário, veiculado no YouTube. "O sistema tributário é muito injusto. Entendemos que salário não é renda, é diferente de quem investe e aplica dinheiro. Para ampliar este debate estamos com este movimento, com todos os sindicatos de trabalhadores no Brasil inteiro, federações e confederações. Queremos a opinião de toda população pois tem muitas pessoas que não tem o entendimento do porque paga imposto de renda e quem ganha muito não paga", destacou Cladimar Antunes Vieira, representante dos bancários.
O CPERS, de acordo com a diretora do 37º Núcleo sediado em Carazinho, está mobilizado há pelo menos duas semanas. Além da votação poder ocorrer de forma eletrônica, existem urnas físicas nas sedes dos sindicatos e nos próximos dias elas devem ir a rua para facilitar a participação das pessoas. "A pesquisa via internet é importante e é um instrumento, mas o que precisamos mesmo é conversar com as pessoas para explicar. Elas ouvem e tem informações de diversas formas e têm dúvidas. O plebiscito é a voz do povo. Temos os representantes no Senado, na Assembleia, na Câmara dos Deputados, mas quando os projetos chegam lá e eles não estão de acordo com a necessidade da população, estes representantes deixam de nos representar. Como chega um projeto de isenção para quem ganha até R$ 5 mil e isso não é aceito? Eles representam quais interesses? O plebiscito tem o objetivo de trazer a realidade da população", mencionou Adélia Menezes, acrescetando que depois da votação encerrada, no dia 7 de setembro, os resultados serão apurados pelas centrais sindicais.
Hemelda Haubert, também integrante do CPERS, destacou que qualquer pessoa, independente da profissão ou se é sindicalizado ou não, pode participar e dar a opinião. "Desde que ela tenha a partir de 16 anos. É importante que façamos um grande movimento. Além dos sindicatos tem os movimentos populares puxando isso a nível de Brasil. Por isso todos estão convocados. A gente avalia que precisamos ir até onde as pessoas estão. Por isso, as urnas vão para a rua. Se falarmos na taxação de super ricos as pessoas tem dúvidas, até pensam que R$ 5 mil é salário de rico, quando na ver estamos falando que os muito ricos são apenas 15 da população brasileira. Outra questão são os equívocos quanto a IOF, decreto que foi derrubado recentemente. O que é esta taxação, sobre imposto sobre operações financeiras, que atingiria apenas 140 mil pessoas no Brasil. Em Carazinho não sei se temos 100 pessoas neste patamar", sublinhou.
Paulo Costa, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, lembrou que as entidades sindicais carazinhenses abrangem vários municípios da região e por isso a mobilização também se estende para estes lugares. "As pessoas precisam estar cientes porque pagam imposto. Paga-se muito e o retorno é pouco. R$ 5 mil mal mantém uma familia e a isenção para esta faixa deixaria mais renda com as pessoas", acrescentou.
Para participar da votação acesse https://plebiscitopopular.org.br/