GERAL
Com representante carazinhense, Conferência Nacional do Meio Ambiente alinha 104 propostas em Brasília
Foto Divulgação/Arquivo Pessoa
Realizada em Brasília recentemente, a 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente resultou em 104 propostas para melhoria de políticas públicas ambientais no Brasil, depois de um longo processo de consulta à população brasileira, que envolveu a participação de 65 mil pessoas em 2.570 cidades, inclusive em Carazinho. No município ela foi realizada em fevereiro, quando o presidente do Encontro Abelheiro, César de Souza foi um dos eleitos como delegado para a conferência estadual, ocorrida em março.
Ele também foi a Brasília - representando o sistema Farsul, o Encontro Abelheiro e o Conselho Municipal de Meio Ambiente - e participou dos debates que resultaram em demandas que priorizam recursos, medidas de fiscalização e ações em diversos setores transversais como saúde, educação e segurança alimentar. Ao Correspondente, Souza destacou que temas como agricultura sustentável, pecuária regenerativa e pagamento sobre o serviço ambiental estiveram em pauta. De acordo com ele, os produtores rurais preservam as chamadas APP's e pagam impostos por isso, mas o Estado, por outro lado, não. "Existe um plano nacional de pagamento por serviço que o Governo já faz para estados e municípios, mas apenas Bahia e Minas Gerais já validaram. Os recursos vão para o caixa único e não são reinvestidos nas questões ambientais", comentou.
Souza observou que foi interessante observar o cenário global ambiental no Brasil, já que o Rio Grande do Sul possui uma realidade, e os demais estados, outra. "Temos a Amazônia, por exemplo, que tenta regulamentar a questão do PSA porque são milhões de hectares que não podem ser mexidos. Também percebemos que já diminuiu bastante o uso de defensivos agrícolas, mas a questão do lixo ainda é preocupante. É astronômico o que se produz de lixo no brasil e até 2030 os aterros precisam estar erradicados. Os governos já se comprometeram a investir pelo menso 5% dos orçamentos para que sejam adotadas medidas assertivas para as questões ambientais", apontou.
Cesar de Souza contou também que assuntos que estavam nos Ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, ligados ao meio ambiente, foram terceirizado para a pasta específica, entre eles a possibilidade de produzir cannabis sátira para uso medicinal, tratando e combatendo várias doenças. Há também a indicação da planta como alternativa ao algodão, na produção de fibras para tecidos.
As abelhas são outro assunto em ascensão neste contexto, especialmente as espécies sem ferrão, indicadas para recomposição de florestas. "É um cenário promissor. Tem muita ação, especialmente no centro-oeste e nordeste que sofrem com as queimadas provocadas pelo calor. No total foram 104 propostas que agora estão nos ministérios para que passem por alguma correção, mas estão validadas. Precisamos ter uma secretaria de Meio Ambiente para se alinhar ao Estado e a União, pois todos os recursos são alinhadas à secretarias, não a departamentos e Carazinho tem perdido muito com isso", concluiu.
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