SAÚDE
Diagnóstico da Saúde de Carazinho norteia planejamento e ações da nova gestão
Foto Mara Steffens/O Correspondente
Os primeiros dias da nova gestão na Saúde de Carazinho forma dedicados ao levantamento de dados sobre a realidade do segmento no município. A secretária Carmem Santos e sua equipe elaboraram o “Diagnóstico da Saúde de Carazinho e suas ‘dores’”, um material sobre a atenção primária e a média complexidade, passando por todas as unidades básicas de saúde, vigilância sanitária, CEM, saúde mental e UPA. As informações vão desde as necessidades físicas como reparos nos prédios ou aquisição de alguns mobiliários, até números de atendimentos e demandas reprimidas.
Nesta semana, Carmem e sua equipe receberam O Correspondente para compartilhar estas informações e elencar as medidas que já estão sendo tomadas pela pasta e fim de melhorar a saúde de Carazinho. Toda segunda-feira ocorre a reunião dos diretores da saúde para a avaliação semanal e o planejamento das ações seguintes.
De acordo com Carmem, a partir do diagnóstico que detalha a realidade de cada território da cidade, foi possível detectar as necessidades mais pertinentes. “Eu sei como está a estrutura e o que tem que ser feito, sei qual é o usuário que acessa o sistema de saúde, o perfil dele. A partir deste conhecimento, temos o compromisso de ofertar os programas que o SUS nos traz. Precisamos pensar fora da caixa, dentro da legislação e dar conta da demanda”, salientou.
Uma das questões detectadas é a necessidade da oferta de medicamentos na UPA, tendo em vista que muitos usuários não possuem condições de, ao ser atendido fora do horário de atendimento da farmácia municipal, adquirir os remédios em farmácias privadas. Por isso, aguardam a abertura da farmácia no dia seguinte, atrasando o início do tratamento médico e por consequência sua recuperação. Por isso, esta questão deverá estar contemplada no edital para o próximo contrato de gerenciamento da UPA, uma vez que o atual, termina em agosto.
A dispensação de medicamentos também deve ser ampliada nos postos onde há muita demanda. De acordo com Carmem, existe espaço físico e recursos humano para esta implementação.
Já em março, após no carnaval, começará um mutirão da saúde, para zerar a demanda pelas consultas agendadas. Este trabalho terá o auxílio da unidade móvel de atendimento. Outra ação que deve ocorrer em breve é a oferta de atendimento médico fixo no interior, de pelo menos 2h semanais, assim como no PECAR, onde existe um container para atendimento e uma parceria com o Estado será formalizada para atendimento fixo.
A renovação da frota também está no planejamento, visto que vários veículos usados na Saúde não possuem mais condições para rodar. Um leilão deve ser organizado para que novos veículos possam ser adquiridos.
Na saúde bucal, existe o encaminhamento de pacientes, dependendo dos casos, como os tratamentos de canal, por exemplo, para escolas de odontologia, em Passo Fundo. E muitas vezes, estes atendimentos ocorrem em período letivo. No entanto, o paciente não pode aguardar a solução do problema. Por isso, a partir de abril deve ser implementado um novo serviço. Uma das unidades (a ideia é que seja na unidade do bairro Floresta) terá a disposição um especialista em endodontia a fim de resolver as demandas sem precisar do deslocamento para outros municípios. Com o tempo, outras áreas da odontologia deverão ser agregadas ao sistema público.
A equipe de gestão da saúde, liderada por Carmem Santos tem ainda Cássia Fagundes (Diretora Técnica), Andrei Silva (Diretor Administrativo), Marcelo Vanz (Saúde Bucal), Volnei Puhl (Transportes), Adriana Xavier (CEM), Michele Borges dos Santos (Farmácia Municipal), Ana Paula Marmit (Saúde Mental), e Luciele Bandeira (SAE), Camile Lopes Rodrigues, Josiane do Nascimento (ESF’s), Michele Moraes (contratos), Marcos Soares (Diretor Executivo), Marcos da Rocha (Vigilância), Angela Garcia (regulação).