ECONOMIA

Valorização dos negócios locais, atração de novas empresas e Sala do Empreendedor: os planos de Rafael Jacques de Oliveira na secretaria de Desenvolvimento Econômico de Carazinho

Foto Mara Steffens/O Correspondente

 

O secretário de Desenvolvimento Econômico de Carazinho, Rafael Jacques de Oliveira, tem atendido diariamente vários empreendedores. Muitos deles tem a intenção de expandir os negócios e contribuir para o crescimento de Carazinho e por isso procuraram o Executivo, para buscar soluções para demandas reprimidas. Entre as necessidades, o secretário cita resolução de problemas com documentação e relacionados ao meio ambiente. “Mas existem problemas crônicos como a infraestrutura nos distritos, o recolhimento de lixo por lá, que já estamos resolvendo, entre outros. No entanto, a quantidade de empresas que estão com a ideia de expandir e apostar em Carazinho tem sido uma surpresa muito agradável”, disse ele, em recente entrevista ao Correspondente.

 

Oliveira salienta que a expectativa a partir de uma nova gestão sempre é algo natural, mas ele salienta que as mudanças estruturais demoram um pouco para acontecerem. “Nem tudo se resolve do dia para a noite. Tem coisas que demoram um pouco mais, mudanças estruturais, administrativas e até culturais precisamos resolver aos poucos, mas dá para ter certeza de que percebemos que a expectativa para o que a gente irá promover é grande e por isso temos uma grande responsabilidade”, constatou.

 

Questionado sobre o principal desafio que tem encontrado na secretaria de Desenvolvimento Econômico, Oliveira citou o desafio cultural, por não ser de Carazinho. Mas talvez por isso, enxergue a cidade com olhar diferenciado. “A agenda tem sido insana (referindo-se à quantidade de reuniões, especialmente com empreendedores). Todos os dias chegam demandas de desenvolvimento, de empresas que poderiam estar aqui, e outras que já estão e querem expandir. O potencial de Carazinho é absurdo. A meu ver é um dos únicos municípios do Rio Grande do Sul. Justamente por acreditar neste potencial é que escolhi vir para cá. Carazinho é um diamante que precisa ser lapidado. Se for lapido poderá ‘explodir’ em desenvolvimento e meu objetivo está aí”, colocou.

 

O secretário considera importante mudar o conceito de que a cidade apenas perdeu oportunidades no passado. Deve-se passar a enxergar as novas possibilidades que surgem. “Precisamos mostrar para as pessoas que Carazinho pode mais. Não gosto da ideia de focar apenas em trazer novos empreendimentos, mas também valorizar que já está trabalhando aqui e depois olhar para a captação de fora. Por isso vejo que é importante termos uma visão regional, pensar Carazinho como um vetor de desenvolvimento da região, como um polo, cum sua potencialidade logística em função das rodovias”, comentou.

 

Oliveira considera importante potencializar negócios relacionados a identidade carazinhense, como no caso da logística e do agro. “Temos investimentos bons, com os quais a gente tem trabalhado e estamos impressionados positivamente com as empresas nos procurando para novas oportunidades”, sublinha, embora reconheça que algumas dificuldades são naturais do processo. “Por exemplo, nos processos de licenciamento, da liberação de documentação, da emissão de alvará. São demandas com necessidade absurda da integração das secretarias. Não tem como dar continuidade se não trabalhamos em conjunto. É o que chamamos de transversalidade da gestão pública que precisa ser atingida. Precisamos avançar em muitas coisas. Assumimos como 78 processos ambientais dentro da secretaria, alguns com mais de dois anos aqui. A gente tem expectativa de que em três a quatro meses possamos zerar isso e chegar ao ponto de ser proativo”, citou, acrescentando que

reforma administrativa que será proposta em breve irá ajustar os processos dando agilidade à gestão pública.

 

Parque Municipal

O secretário de Desenvolvimento Econômico confirmou que há mais planos para o Parque João Alberto Xavier da Cruz. No início do ano, um adolescente morreu afogado no açude e o episódio levantou debates sobre as condições do local. Oliveira lembra que imediatamente após a prefeitura reforçou as placas de sinalização quando aos perigos do ingresso na água, diminuiu o nível da água do açude, fez a limpeza e a organização e colocou um vigilante para os horários em que há circulação de pessoas.

Disse que a Brigada Militar tem sido parceira da administração fazendo rondas frequentes no local e que o parque tem muito potencial para ser explorado. “Queremos torná-lo um local ainda mais atrativo e seguro. A bica é o local para se molhar, não o açude. E a segurança está lá para orientar isso. O parque tem um potencial absurdo e teremos um olhar diferenciado sobre a capacidade de ele se tornar um vetor de desenvolvimento econômico”, apontou.

 

Geração de emprego

O secretário falou ainda que tem estado com vários empresários e que já fechou a vinda de uma empresa para Carazinho. Declarou que ainda não pode dar mais detalhes, mas que a possibilidade é que se instale na área adquirida pelo município às margens da BR 285, em direção a Saldanha Marinho.

Embora não dê mais informações sobre estas negociações, Oliveira dá pistas quando cita a necessidade de conhecer a cadeia produtiva regional e identificar as demandas de grandes empresas já instaladas em Carazinho e no entorno. “As vezes trazer uma linha específica pode ser a grande sacada”, assinala.

 

Carazinho na vitrine

Rafael Jacques de Oliveira é presidente do Fórum dos Secretários de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Inovação do Estado, o que significa que Carazinho está a frente de uma importante entidade representativa. “Isto também coloca Carazinho como protagonista e nos coloca em condições de colocar a cidade na vitrine”, informa.

 

Apoio ao empreendedorismo

Um dos programas que deve ser anunciado em breve pelo Executivo, de acordo com o secretário é a disponibilização de microcrédito na sala do empreendedor. “A sala de anteder somente MEI, para receber também todo tipo de empreendedor. O prefeito deve anunciar, muito em breve, estas ações, entre elas o microcrédito para os pequenos negócios, para que eles possam ser também indutores de desenvolvimento”, sintetizou.

Data: 19/02/2025 - 13:42

Fonte: Mara Steffens

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