POLÍCIA

Polícia pede que eventuais vítimas do esquema de pirâmide financeira desmantelado ontem (11) procurem a delegacia

Foto Arquivo/O Correspondente

 

A Polícia Civil de Carazinho concedeu entrevista coletiva ontem (11), no fim da tarde, para repercutir a prisão e as apreensões da Operação Kairós, que resultou no recolhimento de veículos de alto valor e na prisão de uma pessoa acusada de estelionato e fraude financeira. Durante a entrevista, a Delegada Regional Rita de Carli e o delegado José Bastos sublinharam que possíveis vítimas procurem a polícia para registrar ocorrência. 

 

O objetivo da operação era investigar crimes relacionados a um esquema de pirâmide financeira que causou prejuízos milionários a centenas de investidore, muitos deles em Carazinho. 

 

As investigações apontaram que, desde 2021, o investigado preso na manhã de ontem (11) captava recursos de investidores sem autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), prometendo altos rendimentos acima dos praticados no mercado. Ele alegava que os valores seriam aplicados em uma corretora de investimentos sediada em Belize, um conhecido paraíso fiscal. No entanto, a apuração revelou que a maior parte dos valores arrecadados não era efetivamente investida, mas sim movimentada entre contas bancárias do próprio operador, caracterizando um esquema fraudulento.

 

A polícia descobriu que o esquema movimentou mais de R$ 10 milhões, envolvendo aproximadamente 800 investidores, dos quais a maioria sofreu prejuízos quando o operador suspendeu as atividades e interrompeu os pagamentos em janeiro de 2025. Além disso, foi constatado que o investigado adquiriu um patrimônio considerável utilizando os valores captados, em detrimento das vítimas. 

 

Na operação foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão em Carazinho e em Canela. Foram apreendidos seis veículos totalizando cerca de R$ 700 mil, R$ 24 mil em moeda corrente e outros objetos relevantes para a investigação. Quatro imóveis residenciais avaliados em R$ 2 milhões foram sequestrados. 

 

O ivnestigado está preso no Presídio Estadual de Carazinho, a disposição da Justiça e a investigação segue para identificar possíveis vítimas e eventuais envolvidos. 

Data: 12/02/2025 - 09:58

Fonte: Mara Steffens

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