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“Quando se sente algo é preciso procurar ajuda”, diz dona de casa que teve câncer de mama

Foto: Mara Steffens/O Correspondente
Em dezembro de 2022, Luiza Silveira (40) começou a sentir dores no braço direito. As medicações que tomou não faziam efeito e a dor irradiou para o peito. Pressentindo que poderia ser algo mais sério, ela decidiu procurar ajuda médica.
Conseguiu agendamento para realização de um ultrassom para fevereiro de 2023 e o exame acusou um nódulo na mama. Recebeu encaminhamento para o oncologista e descobriu que se tratava de um tumor. “Pensei que eu não poderia morrer, afinal, meus filhos ficarem com quem? A gente logo pensa neles”, recorda ela.
Imediatamente após o diagnóstico ela fez a cirurgia de retirada do tumor e em seguida realizou as quimioterapias. Em fevereiro deste ano ela concluiu o tratamento. “O pior já passou, mas a gente fica mais alerta. Se sinto algo diferente já presto atenção”, menciona.
Na Liga Feminina de Combate ao Câncer, Luiza teve bastante apoio. Na entidade teve acesso a medicamentos e apoio emocional. Entrou para o Chimama, um dos grupos de apoio. “A gente conversa e chora juntas. É importante você poder compartilhar o que sente com quem está passando por algo parecido. Tenho uma prima que passou pela doença, eu tinha noção de como era, mas sentir na pele é bem diferente. É importante você ter onde se apoiar”, conta.
Luiza destaca que a insistência em buscar ajudar, em descobrir a causa da dor que sentia foi fundamental para o diagnóstico precoce e consequentemente a cura. Por isso ela recomenda que as pessoas procurem prestar atenção no que sentem. “Eu sempre fiz os exames anuais, sempre me cuidei e conheço meu corpo. Então quando se sente algo é preciso procurar ajuda. O tive 95% de chance de cura e me curei, porque descobri cedo”, conta.