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Jovens protestam na praça em apoio a colega que sofreu racismo

Foto Mara Steffens/O Correspondente
Estudantes da Escola João Batista Sorg estão na Praça Albino Hillebrand na tarde deste sábado (7) para protestar em apoio a um estudante do segundo ano da escola que teria sido vítima de injúria racial por parte de um professor.
Com cartazes, os alunos chamam atenção para a necessidade de conscientização sobre o assunto. Um varal com desenhos e frases também foi fixado no local, para que seja visualizado pelas pessoas que passam no centro. "Não precisa ser negro para lutar contra o racismo, só precisa ser humano"; "A cor não estampa a virtude de ninguém"; "A ação antirracista é urgente e se nas atitudes cotidianas é uma luta de todas e todos", são alguns dos dizerem presentes nos cartazes.
O fato teria ocorrido durante a chamada de uma das aulas do professor acusado, na semana passada, e este teria se referido ao estudante com termos como "mulato" e "o negro que senta ali na frente". A vítima não estava presente e os colegas levaram a reclamação à direção da escola, que registrou o fato em ata.
A família do adolescente registrou boletim de ocorrência na polícia civil e a escola abriu sindicância para apurar o fato. A reportagem apurou que o professor está afastado.
A Lei 14.532/2023 equipara a injúria racial ao crime de racismo. A partir dela, a pena tornou-se mais severa, com reclusão de dois a cinco anos, além de multa, não cabe mais fiança e o crime é imprescritível. Deve ser considerada como discriminatória qualquer atitude ou tratamento dado à pessoa ou a grupos minoritários que cause constrangimento, humilhação, vergonha, medo ou exposição indevida, e que usualmente não se dispensaria a outros grupos em razão da cor, etnia, religião ou procedência.